quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Quando se vive, se sente

O tempo ensina,
o obvio que foi incapaz de se ver.
Olha-se pra trás
e prefere não mais reviver,
aquele erro que se persistiu em fazer.


Que culpa tenho,
se meu vestido preferido,
não consegue mais entrar?
Mais doloroso que ver em outro manequim,
é querer no guarda roupa
ter ele pra mim.


Do vinho que eu quero apreciar,
você finge adoçar,
pro amargo disfarçar.
Eu sei, é mentira, é tudo mentira.


O pássaro nasce pra voar,
mas as pessoas insistem,
ele na gaiola trancar.
Assim são as pessoas,
não podemos delas falar
com o possessivo a antecipar.


Meu coração se partiu,
mas o relógio garantiu,
que não resta muito a findar.


O programa acabou,
a televisão desligou,
mas o chiado ficou.
Porque quando se vive, se sente


Então vai...
Prefiro não ver você ir,
ficarei reaprendendo a existir,
e jogando fora...
o que você me ensinou sentir.

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